É feriado! Para quem?
É feriado! Aquele dia mágico que levava o ano inteiro a desejar e depois deixava-me afundar do sofá e só saía de lá para comer um monte de comida de plástico, encomendada, porque afinal “é feriado”, não vou cozinhar. Agora, o feriado não significa absolutamente nada. Significa que vai haver mais gente na rua e nas lojas e a fazer fila quando quero despachar-me. Mais gente a empatar, o mesmo trabalho. A miúda não sabe que é feriado quando se levanta de manhã, apesar do sol ainda não ter nascido. “Não tens mais sono?” “Não” Pois não… mas eu tenho… Depois vem a roupa, o almoço, o lanche, o banho, o jantar, o… tudo. E só temos um cheirinho do feriado na hora da sesta. “Ah, é melhor que nada, não é?” São sempre aqueles pérolas de quem não tem putos, que rematam sempre com um “tu é que quiseste ter filhos”. Pois quis, mas posso estar cansada, não? Ai que saudades dos domingos e feriados, os verdadeiros domingos e feriados a ver séries no sofá, daqueles mesmo, mesmo