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A mostrar mensagens de junho, 2016

Muito colo, pouco colo

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Não gosto de teorias, não acho que sejam de grande ajuda na hora de educar uma criança concreta, não acredito que nos ajudem no momento em que já estamos com os cabelos em pé e as lágrimas a querer saltar dos olhos, mas como todas as outras mães, tenho as minhas preocupações e como já vimos aqui, a perturbadora questão “Estou a fazer bem?” Vejo discussões terríveis ao vivo e on-line sobre dar colo às crianças, a quantidade de colo, os motivos que devem ou não servir para pegar ao colo. (Oi?) Observo estupefacta, enquanto as mamãs quase se batem por causa de uma coisa tão simples como pegar um filho ao colo. Normalmente, calo-me bem caladinha e tento não dar opiniões não solicitadas. No entanto, claro que às vezes dou comigo a pensar na minha situação e na minha atitude perante a minha filha. Acho que não há uma regra concreta, não pode haver, ou enlouqueceremos de vez. Eu adoro dar colo à minha filha, mas algo que sempre tive em mente, ainda antes de ser mãe, é que

A Primeira Corrida à Urgência

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A primeira doença do bebé é, por norma, uma coisa totalmente aterradora, mas felizmente, na grande maioria dos casos, não é doença nenhuma… Assim foi com a minha filha. A sua primeira doença, ou semi-doença, não passava de uns espirrozitos e umas tentativas não muito eficazes de emitir sons com a garganta. Estranho? Não é assim tanto. Ela nasceu no Inverno e, como tal, de vez em quando, lá havia um sacana de um espirro ou uma tossezita. Apesar de tudo, até somos pais (semi-)controlados e por isso, nada de ir a correr para o pediatra ou para o telefone à mínima coisa. É ridículo… (Será?) Mas naquela manhã tudo mudou. Cansei de ser racional e de dizer que isto já passa, ela parecia não conseguir respirar como deve ser e agarrei nela, sem pensar sequer muito no assunto, e toca de levar a criança para as urgências. Ao chegar lá… bem, arrependi-me rapidamente. Primeiro, os ares do hospital parecem ser milagrosos. Mal entrámos no átrio principal, acabou a tosse, o

Prisão de Chocolate

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Ser mãe é maravilhoso, para mim a concretização de um grande sonho e deu um novo sentido à minha vida. No entanto, muito pouca gente assume (talvez porque não é politicamente correcto) a sensação de prisão que muitas vezes nos assalta e nos deixa de rastos. Ao contrário do que poderia pensar-se, não é o não poder fazer as coisas, não poder sair ou ir ao cinema, é mais o não poder agarrar na chave e meter-me no carro e andar um bocado. É ter de planear tudo para ir lá abaixo por o lixo, para não interferir com o comer, a fralda e sei lá mais o quê. Não é o não poder fazer, é o não poder ser espontâneo. É não poder tomar uma decisão sem pensar em 500 outras coisas, é não poder sair intempestivamente só porque me apetece… É deixar de ser eu, para começar a ser a mãe de… É engolir o choro porque agora é hora de mamar, é não poder gritar para não assustar a bebé. É não poder ficar sozinha um segundo, naquele momento em que preciso mesmo, mas só poderei fazê-lo daí a 5 horas