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Mamã lesionada, bebé baralhada

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Depois do nascimento de um filho, quer queiramos, quer não, a nossa vida acaba por girar à volta daquilo que eles precisam. Não adianta, por mais que tentemos, até no jantar romântico vamos discutir qual a melhor creche… Algo com que nunca contamos é em ficar doente ou ter algum acidente que nos impeça de cuidar deles. Mas foi mais ou menos o que me aconteceu há uns meses atrás. Isto de ir viver para o campo é muito giro, mas há coisas que jamais aconteceriam noutro lado. Esta foi uma delas. Sem saber muito bem como, espetei dois dentes de um ancinho no pé e dei um trambolhão enorme, enquanto descontraidamente regava a horta. Resultado: muita dor e dificuldade em movimentar. Ferimentos na sola do pé são sempre complicados, felizmente, sou daquele tipo de pessoas que sara rapidamente. No entanto, nada disso foi a parte interessante da história. As crianças habituam-se a uma rotina e quando esta muda, elas não gostam mesmo nada… Ora, é normal ser eu a dar-lhe

AH, é sua?

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Esta é uma daquelas perguntas capaz de me fazer soltar a língua, de forma a deixar muita gente corada. Que raio de pergunta é esta? Sou morena, a minha pele é “amarelada” e depois de um mesinho de praia até diriam que sou indiana. A minha filha não, é loira, olhos claro. Parece que isto não é politicamente correcto, ou então tenho cara de ladra de bebés. Não sei se estas pessoas percebem que não é o mais simpático de se dizer a uma pessoa, até porque se esquecermos o tom de pele, cabelo e olhos, o raio da miúda é a minha cara. Mas enfim… Antes da mudança de casa, morávamos num sítio onde toda a gente conhecia o meu marido. Lá, preferiam dizer-me “Não tem nada a ver contigo! Nem parece tua!” Não respondia…  Agora, não nos conhecem e são ainda mais idiotas. Oiço frases como “Tão linda! É sua?” Fico com ar apalermado e faço que sim com a cabeça (não gasto saliva com gente doida), enquanto puxo a miúda mais para mim, não vá a estupidez pegar-se ou assim. Aquele

Mudar de casa com um bebé atrás

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Mudar de casa é uma alegria (pelo menos, quando o fazemos por escolha própria) mas é também uma fase stressante e com tanta, mas tanta coisa para fazer. O trabalho não pode ser parado, tudo para arrumar, juntem algumas mobílias para comprar pois a casa é maior e em cima, um bebé a chorar. A chorar porque tem medo das escadas, a chorar porque o chão é frio, a chorar porque não sabe do brinquedo, do urso, da fralda, a chorar porque a cama é outra, o quarto é outro, a chorar porque os gatos estão presentes, a chorar porque não estão, a chorar porque sim, a chorar por não. A sério, cala-te um bocadinho, sim? O primeiro dia é caótico e dá vontade de fugir. Ainda para mais porque é longe, muito longe. Temos a família a perguntar porquê, os amigos com choradinhos porque não fizemos um jantar antes de ir embora e nós com a miúda num braço, a panela no outro e o telefone entalado entre a orelha e o ombro a dizer “sim, sim” E a pensar “cala a boca”. Desligamos o telefone e

6 da manhã não é uma boa hora!

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Despedi-me (mentalmente e aos poucos) de dormir até mais tarde quando ainda estava grávida e toda a gente me dizia que nunca mais na vida ia dormir uma noite seguida. Mentira. Aos 4 mesitos, a coisa mais linda da sua mãe decidiu dormir a noitinha toda e deixar-me super orgulhosa e a muitas outras pessoas, super invejosas. Dorme cedo, acorda por volta das 8:00 ou 8:30. É uma média de 12 horas seguidinhas e sem chatear ninguém, que nos permite ter um serão descansado (se não cairmos para o lado entretanto) e dormir umas horitas decentes. Yaaaay, sou uma felizarda. Sim, eu sei, muitas das mamãs que estão a ler isto agora estão a odiar-me, mas então podem começar a rir-se. Sabem aquele dia de fim de semana que querem dormir nem que seja mais 5 minutinhos? É tão bom. 2 minutos que seja a mais e já ficam felizes. Pois. Comigo não. Não sei porquê, mas nos últimos fins de semana, a minha riqueza decidiu erguer-se com o galo e gritar a plenos pulmões pela sua mamã.

Mas porquê?!

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Porquê? Diz-me apenas porquê?! É uma das frases que mais me passam pela cabeça ao longo do dia. Porque raio a miúda só tem ideias tão tristes? Porque é que entre 20 000 coisas que poderia ir mexer escolhe sempre a mais perigosa, suja ou inadequada? Ira! É um dia inteiro a ver o que tem na boca, nas mãos, o que está a comer, a raspar na parede, a tirar dos vasos. Com tantos brinquedos jeitosos, coloridos e com músicas irritantes que tocam o dia inteiro, porque raio a minha mini pessoa decide brincar com o estendal da roupa, mexer na caixa de areia dos gatos ou comer parafusos a seguir ao lanche? Não há qualquer explicação, pois não? Inspira, expira e não pira. Se conseguirem!

O Dia de uma Mãe Que Trabalha em Casa - parte II

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Levanto-me de manhã cheia de certeza de que este dia vai ser diferente. Trato de mim primeiro, antes de ir buscar a miúda à cama. Hoje não saio de casa, mandei vir as compras para ter tempo para trabalhar. O dia começa mais ou menos relaxado, mas eis que chega a hora de tirar a pequena da cama. Mama um pouco, aquecer o leite e fazer torradas. Demora muuuuito tempo a comer, mas sem birras já não é nada mau. Visto-lhe uma roupinha confortável e vou imediatamente sentar-me a trabalhar. Ela senta-se a brincar sozinha. Estou com sorte. Entretanto, o gato mia como se estivessem a esfolá-lo. Levanto-me para lhe por comida e tratar da caixa. Volto a sentar-me, mas a miúda já arrancou as meias e tenho de calçá-la, está muito frio. Olho para o relógio, porra, já perdi quase uma hora nem sei em quê. Calma. Respira fundo e senta-te a trabalhar. A coisa até nem está a correr mal hoje, mas eis que ela escorrega na ponta do tapete e bate com a tola no chão. A sério?!

A paixão pelo Telemóvel

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Dizem as más línguas que as mulheres adoram falar ao telefone, acho que a minha filha nasceu para provar a teoria. É uma paixão tal, que se tornou o seu companheiro fiel. Não importa se é um telemóvel de verdade, se é de brincar, se está ligado ou desligado, se é um comando de TV ou uma caixa de creme, tudo serve para encostar ao ouvido e dizer “Tá lá?” É capaz de estar horas a brincar desta forma, serve para distrair quando não quer comer, para parar grandes birras e para tudo o que vos passar pela cabeça. Eu não sou grande fã do telefone, nem quero que ela o use de verdade tão cedo, mas não posso deixar de me rir, quando vejo uma coisita pequena, que mal sabe andar, de um lado para o outro “Tá lá? Tá lá?”

O Dia de uma Mãe Que Trabalha em Casa

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Por volta das 8 da manhã, o intercomunicador começa a dar os primeiros sinais, os primeiros mamãs ensonados soam pelo quarto. Finjo que não oiço e volto-me para o outro lado. Em pouco tempo começam a soar bem alto e tenho de me levantar. Dar de mamar, trocar a fralda, vestir uma roupinha quentinha porque temos de ir à rua. Vamos tomar o pequeno-almoço, as minhas torradas são na verdade devoradas pela piquena, mas agora não há tempo para fazer mais. Enquanto ela come o último pedaço, cuido de mim e preparo-me para sair. Mesmo na hora de sair um aroma invade a casa, toca a trocar a fralda outra vez. Já estamos a ficar atrasadas, ainda tenho tanto que fazer. Passado muito mais tempo do que devia lá conseguimos sair de casa, vamos ao supermercado. Só preciso de um saco de pão, mas a fila é enorme. Ponho-me na caixa prioritária e oiço logo, sem ter pedido nada, que no carrinho não precisam de passar. Não estou para me chatear, fico quieta. A senhora da caixa lá

O meu filho já fazia o pino aos 5 meses!

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Muito antes de ser mãe, já observava as mães a bicarem-se umas às outras, tal qual galinhas tresloucadas, por causa dos feitos dos petizes. Sempre achei graça a forma como quase se batiam porque o seu menino tinha feito aquela gracinha dois dias antes do outro e portanto, era muito mais desenvolvido. Como qualquer mãe, estou sempre interessada em ver a minha filhota desenvolver-se e claro que me questiono quando vejo uma criança mais nova fazer algo que ela não faz, mas sei que as crianças são todas diferentes e que alcançam determinados marcos em alturas diferentes. Ela já começou a andar e eu adoro ver o meu pequeno zombie , de bracinhos esticados para a frente, a passear de um lado para o outro da casa, enquanto tropeça nos seus próprios pés e ganha umas cicatrizes de guerra. Na rua, as coisas nem sempre correm assim tão bem, as irregularidades do terreno e o facto dela não levantar muito os pés do chão, dificulta a tarefa, pelo que continua a andar ao colo ou