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A mostrar mensagens de julho, 2016

O Sentido da Vida

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Não, não estou aqui para dizer como ter um filho dá sentido à vida. Um filho dá um novo sentido à vida, um filho dá uma nova perspectiva e é provavelmente uma das melhores coisas que nos podem acontecer, mas… é bom lembrar que somos pessoas e que a nossa vida deve ter um sentido independentemente dos nossos pequenos. Agora, que o sentido é diferente… lá isso é. Hoje, ao conversar com uma amiga sem filhos, dei-me conta de uma estranha realidade. Dei comigo a pensar, primeiro que ela era um bocado superficial e depois, o meu pensamento foi “Vê-se logo que não tens filhos.” E não, não foi no sentido de ela ser menos seja o que for por isso, mas sim porque as nossas preocupações são completamente diferentes… Então, pus-me a recordar como era antes (e é tão difícil, apesar de na verdade não ter passado assim tanto tempo) para tentar colocar-me no lugar dela e poder compreender um pouco melhor. Lembro-me das preocupações com os grandes projectos futuros e de carreira, de

A chegada da cegonha

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Já se passaram uns meses, desde que fui mãe, mas de vez em quando, ainda dou comigo a olhar para trás, estupefacta, a pensar como tal aconteceu. Lembro-me da gravidez, do parto, dos primeiros dias complicados e às vezes não tenho bem a certeza se aquilo aconteceu mesmo, ou se foi um sonho estranho. Até que ela chama “mamã”. Não há nada como um mamã logo pela manhã, acompanhado do sorriso mais lindo deste mundo. Mas isso é agora. Antes era diferente. Como a minha vida mudou… Cansada, exausta, com vontade de chorar e inundada de uma felicidade sem fim. Tudo ao mesmo tempo. Muitas vezes, sem ainda acreditar no que de bom me aconteceu, no enorme milagre que se deu. Tudo o que passei, parece uma espécie de sonho distante, como se tivesse acontecido a outra pessoa, apesar das dores e sensações para provar que era comigo. Todos os dias, novas descobertas, todos os dias novas aventuras, novas lágrimas e sorrisos, novos tudo... todos os dias, o meu mundo muda outra vez,

Não há melhores pais, do que aqueles que não têm filhos

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Há cerca de dois anos atrás, vi um artigo on-line com um nome semelhante a este. Não o consegui encontrar agora, para aqui o partilhar e tenho pena, porque era muito bom. Ainda não era mãe, nem sequer grávida estava, mas adorei. Era engraçado, fez-me rir e tinha a sua lógica. No entanto, aqui no meu íntimo, achei que comigo isso não ia acontecer, afinal, eu sabia tudo tão bem sabido, o que queria e não queria, o que ia fazer em diferentes situações. Eu tinha tudo controlado, sabia como educar um filho. Pelo menos, enquanto ele não existia ainda. Todos sabemos. Agora a minha perspectiva mudou, mas não deixou de ser divertida, na verdade, delicio-me sempre que oiço os planos dos outros, dos que não têm filhos, sobre a educação que darão aos futuros rebentos, sobre todas as coisas tão bem feitas que planeiam fazer com eles. Sabem tudo, têm tudo controlado, as melhores teorias, as melhores escolhas. Tudinho. E eu rio-me. Baixinho ou para dentro, não em tom de crí