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A mostrar mensagens de março, 2016

Estou a fazer bem?

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Aqui está algo ao qual não vão ser capaz de fugir. Esta pergunta vai assombrar-vos para o resto da vida. Já falamos aqui da sensação de falta de jeito que temos, muitas vezes, quando as coisas não correm assim tão bem, mas isto é mais profundo, é uma dúvida que nos persegue até a dormir (sim, os sonhos estranhos e angustiantes do terceiro trimestre de gravidez não acabam quando o bebé nasce). Cada vez que fazemos uma escolha, que tomamos uma decisão, mais ou menos importante, colocamo-nos várias perguntas, como se aquela pequena atitude fosse definir a nossa criança para o resto da vida. Vou fazer X . Que impacto terá na criança? Que adulto se tornará? Será que vai ficar mimado demais? Será que vai sentir que não lhe dou importância suficiente? Será que isto? Será que aquilo? O bebé chora. Devo pegar logo? Não? Ele faz uma asneira pequena. Devo ralhar? Perdoar? Devo isto? Devo aquilo? E se… Mas e talvez… É uma espécie de angústia que nos consome desde o

Eu amo-te tanto, mas… tenho sono!

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Após a primeira semana de loucura, em que dormir nos parece absolutamente rídiculo, com todas as preocupações que temos com o serzinho minúsculo que em tudo depende de nós, começamos a acalmar e a perceber o quão cansadas estamos. A privação de sono acumula-se e com ela, todas as consequências que tão bem conhecemos. E que o papá não se atreva a mencionar o nosso mau humor! E agora? Dormir uma noite descansada ou amar loucamente o meu bebé? Eis a questão. Percebemos que escolhemos a segunda, quando dormimos 3 horitas seguidas e damos por nós a dizer ao rebento “Linda! Portou-se tão bem a menina. Deixou a mamã dormir” E a enchemos de beijinhos, com uma alegria incontrolável, como se tivesse dormido a noite inteirinha. E aquela meia horita, disfarçada de sesta, em que podemos ler duas páginas do nosso livro (que começamos há meses atrás) sem interrupção? A minha estratégia de sobrevivência é deitar-me à mesma hora do bebé, mesmo que isso implique esta

Em Estado de Sítio

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Depois de termos o nosso pequeno rebento, ir à casa de banho ou tomar um duche é agora um verdadeiro luxo reservado aos momentos em que o pai está disponível. E nem sequer mencionemos aquele pequeno corte que o nosso cabelo está mesmo a precisar. Cabelos brancos? Faz-se o risco para o outro lado, que ainda disfarça e a manicure deixa de ser uma prioridade. Estão limpinhas é o que interessa. Apesar do tom em que vos falo, não, não é uma piada e não tem gracinha nenhuma. Isto faz tanta confusão à mãe, impossibilitada de 5 minutos em frente ao espelho, quanto aos outros, então não mencionem qualquer “anormalidade” que detectem no figurino, sff…. Não há tempo para ir à ginástica, pôr gasolina no carro é coisa para precisar de planeamento estratégico e não há café com as amigas que não seja milimetricamente planeado. Deitar “tarde” passa a ter outro significado e levantar-se às 9 da manhã, já é uma loucura! Dormir 6 horitas seguidas é uma alegria tão grande, que gan

Bitaites e Conselhos

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Quando nasce uma criança, há uma certa tendência das pessoas em redor para darem “conselhos” muito importantes e que ajudam muito, a toda a gente, menos à recém-mamã. De um momento para o outro, temos 20 olhos em cima e um monte de gente a atirar opiniões não desejadas e a atrapalhar uma fase da nossa vida, já complicada por si só. Faz isto. Faz aquilo. Não sei o quê é importante. No meu tempo fazíamos assim. Isso é só modernices, sempre se fez X ou Y e as crianças cresciam. Li não sei onde (normalmente, o sítio com a menor credibilidade possível) que isso é perigoso, ou que aquilo é importante. 1, 2, 3, 4 … 650, 651… Inspira, expira… Tentamos sorrir, enquanto na nossa mente já matámos aquelas pessoas de 1001 maneiras diferentes, mas… continuamos a fingir que está tudo bem. E claro, nunca pode faltar a clássica “o bebé tem fome”. Esta é provavelmente a frase mais ouvida pela nova mamã, seguida de “o bebé tem frio”. Obviamente que, quando estamos todas doridas e

Fábrica de leite: emprego full-time

Hmm, preciso de ir até ali à esquina para comprar um pacote de massa para o jantar. Mas… falta pouco para ele/a comer, melhor esperar.  Depois de comer, (1 hora depois da ideia inicial) lá vamos nós a correr, enfiar um casaco, meter a criança no carrinho e... fralda suja.  Toca a voltar para trás, trocar a fralda, olhar para o relógio a ver se ainda temos tempo até à próxima mamada e sair em grande velocidade, a rezar para que não haja nenhum idiota na fila prioritária, que nos impeça de estar despachadas à hora da criança mamar novamente… Chegamos a casa, e … vamos preparar o jantar. Ah, mas o jantar não pode ser interrompido a meio, melhor esperar a hora de mamar. Lá vem a mamada e a seguir para a cozinha. Entretanto já devíamos estar à mesa e ainda estamos a acender o lume. Mas, não é que o pestinha não mamou o suficiente e quer mais? Toca a deixar tudo de lado e ir a correr distribuir a paparoca do piqueno (e sim, é um erro, propositado). No fim de tudo isto, bem