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A mostrar mensagens de janeiro, 2016

É tudo uma questão de jeito?

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Quando somos mães (ou pais) pela primeira vez, temos sempre algum receio de não saber lidar com a criança e não saber cuidar dela. Bem, a verdade é que não é assim tão difícil não deixar que algo de grave lhe aconteça, mas cuidar de um bebé vai bem mais longe do que isso. Por mais que se leia que é normal os bebés chorarem e que não devemos ficar aflitos e bla bla bla, a verdade é que sentimos sempre que a culpa é nossa, devemos estar a fazer alguma coisa errada, ou não devemos estar a compreender algo que, por qualquer motivo idiota, achamos que deveria ser óbvio. Bem, vou contar-vos uma novidade: não é nada óbvio!  O bebé chora, chora por tudo e por nada e na maioria das vezes, não fazemos ideia do motivo. Damos-lhe tudo o que nos lembramos e eventualmente ele cala-se. Quando a situação se arrasta, o nosso cérebro de mãe, só quer sair a correr com ele para o hospital. Conselho: não o façam. Na maioria das vezes, a criança não tem nada de especial, mas vai ter se fica

Santa Epidural

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Sempre fui daquelas que se acham uma “super-mulher” e que usam a famosa frase “toda a vida se tiveram filhos e nunca houve anestesia”. A minha gravidez foi bastante desejada e eu queria sentir tudo e aperceber-me de tudo, achava que isso tornava a experiência melhor e mais intensa… Bem, lá intensa torna… Não que eu achasse que era horrível pedi-la, ou que jamais o fizesse, mas sempre achei que se quisesse epidural, seria por uma questão de conforto e não porque não aguentaria as famosas dores de parto. Afinal de contas, sempre se aguentou não é? Bem, não… Fica desde já aqui a nota de que admiro muito a minha querida mãe e todas as outras mulheres que aguentaram estoicamente todos os sofrimentos para nos colocarem no mundo e depois disso, ainda queriam mais filhos. Não sei se teria a mesma coragem. Confesso que fiquei envergonhada quando dei por mim a morder o lábio inferior e a apertar desesperadamente a mão do meu marido, enquanto dizia para mim mesma “não pod

E agora?

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“E agora?” Esta foi a primeira pergunta que fiz, quando o famoso teste de farmácia mostrou os dois tracinhos que mudam a nossa vida, enquanto não sabia se era suposto rir ou chorar. Mas… comecemos pelo início. Ser mãe era algo que sempre quis, principalmente depois de estar numa relação estável de 7 anos, achei, juntamente com o meu companheiro que seria o momento ideal para concretizar este sonho. Sempre imaginei que seria um momento mágico, de enorme alegria e felicidade que não cabe no peito, saber que esperava o meu primeiro rebento. No entanto, nada demonstra o que senti como a frase que pronunciei “E agora?” O meu “e agora?” continha em si muitas questões: o que fazemos, como vai ser, será que isto foi uma boa ideia, será que é mesmo verdade, será que… Será que… Eram tantos serás, ses e dúvidas que tinha a sensação que o mundo todo tinha parado. Mas não tinha… Agora havia mil e uma coisas para tratar, pessoas a quem contar e as minhas dúvidas, medos, necessidades

Being a Mum...

Este blog é como tantos outros que por aí há. Uma mamã (de primeira viagem) que fala um pouco da sua experiência enquanto progenitora de uma pequena coisinha que come, dorme, chora e enche as fraldas de resíduos pouco perfumados. A diferença entre este e os outros é que eu não estou aqui para vos contar como é maravilhoso ser mãe. Todos nós sabemos que é uma experiência única e o grande amor da nossa vida e blá blá blá. O que eu aqui vos venho contar é o “outro lado”, aquele que não admitimos, muitas vezes, nem para nós mesmas. Enquanto estava grávida, tal como todas as outras mães, pesquisei muito sobre gravidez e bebés, participei em fóruns de mamãs, vi todos os sites pediátricos em todas as línguas que conhecia e informei-me muito bem sobre tudo. Encontrei muita informação, sempre adocicada pelo “por eles tudo vale a pena” e o “não trocava esta experiência por nada no mundo”. Sim, tudo isso é verdade. Porém, faltava lá dizer que por vezes nos questionamos onde estávamos com