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A mostrar mensagens de 2023

Porquê Halloween?

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  As celebrações onde é suposto todos nos sentirmos de determinada maneira e acima de tudo entusiasmados porque é algo que nos une e blablabla, nunca foram o meu forte. Não gosto das festas, do Carnaval, nem de nada que me obrigue a estar de determinado humor num determinado dia e/ou hora. Dito isto, é claro que nos adaptamos e as coisas ganham outro sentido quando temos filhos. Mas depois, o Natal, a Páscoa e os Santos já não chegam, é preciso importar festas a granel com pouco ou nenhum significado para nós, ou, muitas vezes, nem sabemos de onde vêm. O Halloween é uma delas… Nunca percebi o desejo de sermos iguais aos americanos e fazer tudo como eles. Eles têm a sua vida e cultura e nós temos a nossa. Sim, já somos muito influenciados pelos filmes e séries que consumimos, mas ainda assim, temos (e ainda bem) uma cultura diferente. Então, porquê que decidimos importar o Halloween ? Até já tínhamos o Carnaval para os miúdos se mascararem, não é? Cá por casa, nunca festejei. Às vezes,

O Drama das Arrumações (só que não)

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  As férias costumam ser aquele momento das arrumações, de separar o que é para ficar, dar ou deitar fora e dar um jeito mais detalhado ao quarto. Pôr tudo em ordem para enfrentar o novo ano escolar. É ótimo porque enquanto nos livramos da tralha, arrumamos a nossa cabeça também. Eu, geralmente, prefiro fazer tudo isto sozinha. É o meu momento zen , mas claro que quando chegamos às coisas da L é importante que ela participe - só demoramos o triplo do tempo, mais nada. Por um lado, é uma questão de responsabilidade, por outro não sou do tipo de mãe que deita os brinquedos fora quando eles não estão a olhar. Acho que faz parte da aprendizagem e do crescimento eles poderem escolher o que fica e o que vai e francamente a L nunca deu grandes problemas em relação a isso. A minha experiência enquanto criança com as arrumações era um pouco dramática. Eu odiava aquilo, dava imenso trabalho, ficava farta, a minha mãe ficava farta e acabava sempre com ela a chatear-se. Mal se falava em arrumar ou

As provas de aferição...

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  Desde o início da existência destas provas que as coisas não têm sido propriamente pacíficas. Toda a gente tem uma opinião e (pasmem-se!) não concordam uns com os outros. Mas este ano, o governo pôs a cereja no topo do bolo! Sim, os meninos realizaram mesmo as provas no computador, mesmo os mais pequenitos como a L, no 2.º ano. Bem, realizaram aqueles que não tiveram problemas de rede, de funcionamento de hardware ou de greve dos professores. Pronto, vá, realizaram alguns. No caso da L, tínhamos alguma preocupação pelo stress adicional e por estar durante muito tempo focada num ecrã, o que poderia ser prejudicial, pois é potencializador de uma crise epilética. Bem, fazer o quê? Aumenta-se ligeiramente a dose do medicamento e espera-se que corra tudo bem. Qual não é a minha surpresa, quando a vou buscar à escola e… a L vinha em êxtase (sim, mesmo a sério). Ela vinha feliz da vida, porque a prova (de português) era muito fácil e super divertida. Bem, ao menos isso, certo? Ela está ha

A L em modo motivacional

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    A L é uma menina meiga e tenta ser sempre simpática com os outros. Mesmo quando acha que não está correto, dificilmente “ataca” outra pessoa, mas como criança que é, por vezes, não sabe disfarçar muito bem. Um destes dias chegou a casa com um “novo jogo” para fazer connosco. Uma daquelas coisas com palminhas e cantilenas associadas que todos nós jogámos, ou pelo menos vimos alguém jogar, durante o primeiro ciclo. Eu conhecia o tal jogo, não me lembrava das palavras exatas (talvez no meu tempo até fossem outras), mas os gestos tinham ficado cá gravados de alguma forma, mas o pai não. O pai, confesso, não tem jeitinho nenhum para a coisa. A L tentou ensiná-lo durante algum tempo, até que em modo desistente, ele diz “O pai não tem jeito para isto.” Ao que a L responde “Não, estiveste bem. Mas eu vou ali jogar com a mãe.” E vem embora. É quase impossível descrever com palavras a sua expressão num misto de pena pela inabilidade do pai e de desespero porque já não sabia como fazê-lo deco

Testes das Alergias

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  Ah, as famosas alergias, que subitamente, o mundo inteiro passou a ter. Não há cão nem gato que não tenha alergia a qualquer coisinha e, naturalmente, tenha que ter inúuuuumeros cuidados até… bem, até que ter cuidado não dê jeito. E é aqui que entram os testes às alergias. Não tenho certeza se haverá algum miúdo que não tenha feito um destes. Isto já é uma espécie de obrigação, tipo vacina, não é? No entanto, como sou má pessoa, fico sempre de pé atrás com eles. Sou só eu que fico sempre com a sensação que aquela porcaria vai sempre dar positivo a qualquer coisa, independentemente da pessoa? Não há ninguém que não seja alérgico a nada? Chegou a vez da L A L foi, na semana passada, fazer os testes das alergias. Yay! Aquelas picadelas que dão aos miúdos em cada gotinha é uma espécie de tortura, não é? Após ouvir os gritos desesperados de vários miúdos, vindos do gabinete, a L já não estava com muita vontade de entrar… mas qual não foi o meu espanto quando ela foi picada 24 vezes sem da

Acerca de Estudar...

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    Com a chegada da época dos testes, comecei a preparar alguns exercícios para a L fazer, especialmente nas matérias que ela tem mais dificuldade. Através daqueles famosos grupos de WhatsApp , percebi que alguns pais quase se ofenderam por a professora informar da data dos testes e das matérias que iam sair… Não é problema deles, não é assunto deles, não é… responsabilidade deles. “Ah, e tal, eu estudava sozinho. Estava por minha conta.” Eu também… Mas também saía às 13h da escola e tinha montes de TPC para fazer durante a tarde, para treinar o que tinha aprendido. Também brincava na rua com pouca ou nenhuma supervisão, ou pelo menos, era o que eu pensava. Também ia às compras sozinha e que nem me passasse pela cabeça ser enganada no troco ou trazer as coisas erradas. “Estes miúdos são muito bebés e dependentes.” Sugiro que voltem a ler o parágrafo anterior. Os miúdos são pouco autónomos, porque nós os fazemos assim. Porque sentimos haver mais perigos, comparativamente com a nossa in

Nova Escola, Novo Recomeço

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  Não demos muitas notícias por aqui nos últimos dias porque estes foram de grande agitação. Após anos na mesma escolinha, onde achávamos que a L estaria até ao 6.º ano feliz e protegida de tudo, dissemos um basta. A escola ficou totalmente alterada com a demissão do diretor e corpo docente e o projeto pedagógico que nos levou lá, simplesmente morreu. Mudar os planos tão cuidadosamente pensados não é uma coisa fácil, mas quando não estamos satisfeitos temos de ir atrás daquilo que é melhor para todos e decidimos começar à procura de alternativas para a educação da L. Depois de muita ansiedade e receios de fazer a escolha errada ou prejudicar a criança por mudá-la a meio do ano letivo, finalmente tomamos a decisão e a L começou numa nova escola na semana passada. Será que fizemos a escolha certa? A escola onde a L está é bem diferente da anterior. As crianças vêm de um contexto totalmente diferente e a L começou rapidamente a notar que as realidades não eram as mesmas. No primeiro dia,

Mudar de professora a meio do ano letivo - um problema ou nem por isso?

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  A ideia de mudar de professora a meio do ano letivo é aterradora para muitos pais e por vezes até mesmo para os alunos (geralmente por nossa culpa, somos nós que lhe colocamos preocupações que eles nunca teriam de outra forma). Sentimos que os miúdos estão habituados àquela pessoa (bem e estão, mas podem habituar-se a outra) e que uma pessoa nova, que não os conhece (mas também não formulou opiniões sobre eles, o que pode ser bom), traz novos métodos, novas formas de ensinar e pode vir estragar tudo o que foi feito. Certo? Nova professora após o Natal Este ano calhou-nos a nós. A professora da L foi embora da escola após ter conseguido colocação noutro local. Apesar de eu não ser a sua maior fã, fiquei preocupada, afinal, lá está, já conhecia a miúda, estava a par das medidas de emergência em caso de crise epilética e mesmo não estando tudo a correr bem, ela sempre se mostrou preocupada e empenhada em ajudar. Imediatamente se gerou um zunzum nos famosos grupos de pais do WhatsApp ,